Você tem fome do quê?

Todos os anos acontece em Paulínia uma exposição de artes plásticas dos artistas locais. Para muitos é um evento aguardado por todo o ano, pois é a única oportunidade de mostrar a sua arte. Não há um espaço cultural dedicado, apesar dos milhões gastos anualmente com outras atividades como teatro, cinema, dança e música, muitas vezes gastos com projetos estranhos à cidade. Neste ano fomos surpreendidos com a notícia que a IV Expoart não ocupará o espaço do Salão original, indevidamente ocupada por um stand da MRV, mas que seria realizada nos fundos da Prefeitura, na entrada dos servidores, lugar pequeno e inadequado. Ao protestarmos, recebemos a opção não menos infeliz de ocuparmos o vão da escada do Salão. A decisão é lamentável e muito infeliz e mostra o real desinteresse do poder público em promover as artes visuais entre os cidadãos. Não tenho interesse em fazer política, nem politicagem. Quero só levar ao conhecimento público o meu desagrado.

Medalha de Bronze

No dia 24 de setembro de 2011 o quadro " La Torre del Castello dei Giardini di Ninfa (A Torre do Castelo dos Jardins de Ninfa)" teve o privilégio de ser premiada com a medalha de bronze no XX Salão Internacional de Arte, realizado no Museo Metropolitano de Buenos Aires, Argentina. No mesmo evento, um outro artista de Paulínia, Marcos Mantovani, recebeu o premio especial do juri de Criatividade com sua tela"Gepeto".

Fiquei ainda mais satisfeita por ter sabido que houve participação popular na escolha dos premiados.

Muchas gracias, Buenos Aires!

Catálogo Mostra no Chile

Acervo

S. Goraieb, Paisagem com montanha, óleo sobre tela, 1975

Tubo, acrílico sobre tela, 2008

Big Bang, acrílico sobre tela, 2009

La mer en rose, óleo sobre tela, 1988

Onda, têmpera sobre tela, 1986

Fúria, acrílico sobre tela, 2009

A noite, óleo sobre tela, 1991

Espumas, óleo sobre tela, 1991

Os Jardins de Ninfa

Sandra Goraieb, Os Jardins de Ninfa, 26 de abril de 2011, óleo sobre tela, 40x60cm.

VII Salão de Artes da Academia Brasileira do Meio Ambiente.

Feliz por ter participado e ganho a medalha de prata na categoria obra acadêmica figurativa com a obra Cacimba do Padre.
Em breve publico a foto.

A quadratura do Círculo

Estamos em processo de organização e fundação de um Círculo Cultural.
Coisa curiosa é que me parecia ser bastante simples colocar pessoas com um objetivo comum juntas para obtermos assim melhores resultados para a coletividade, mas tem se revelado uma empresa nada fácil.
Na verdade, o principal problema é que artistas (ou quem assim se crê), geralmente possuem egos infladíssimos (o meu inclusive) e pouca ou nenhuma noção de adminstração corporativa.
Logo, esbarramos em coisas aparentemente simples, tais como explicar o motivo pelo qual é necessária uma estratégia de marketing, uma assessoria de imprensa, o que é uma associação sem fins lucrativos e o caráter apolítico da mesma.
Mesmo explicar a sua media (leia-se midia) para alguém que faz outro tipo de abordagem artística nem sempre é algo imediato ou intuitivo.
Outro sério problema está na falta de objetividade de gente criativa. Muito bom para brainstorms de modo geral, para o besteirol que flui abundante, para papos agradáveis sobre um pouco de tudo, mas por outro lado, a pouca concreteza, que nos traz sempre de volta ao ponto inicial, vôos de imaginação dignos de buracos de minhoca.
Decerto, em algum momento as coisas vão se definir. Já andam correndo boatos na cidade sobre o círculo, o que não é nada mal.
Mas quadratura das opiniões em um círculo, sabe-se, é uma tarefa impossível